Após incêndio de sete viaturas na EN1 em Marínguè, Governo investiga possível ligação ao terrorismo. Ministro alerta para novos focos no norte do país
Governo Moçambicano Investiga Incêndio de Viaturas em Marínguè com Suspeitas de Terrorismo
Quase seis semanas após o incêndio que destruiu sete viaturas na Estrada Nacional Número 1 (EN1), no distrito de Marínguè, província de Sofala, o Governo moçambicano continua a investigar os autores e as motivações por detrás do ataque ocorrido no dia 8 de abril. A informação foi avançada pelo ministro do Interior, Paulo Chachine, que manifestou preocupação quanto a possíveis indícios de terrorismo em expansão no território nacional.
Autoridades intensificam investigações
Segundo o governante, as autoridades de investigação criminal e os serviços de segurança estão empenhados em esclarecer todos os contornos do atentado, enquanto reforçam medidas preventivas para conter eventuais focos de grupos terroristas, sobretudo nas regiões norte e centro do país.
O ataque em Marínguè reacendeu os receios em torno da proliferação de células extremistas em novas zonas do país, levantando interrogações sobre a capacidade de movimentação e atuação de possíveis grupos armados para além da província de Cabo Delgado, tradicionalmente afetada pela insurgência.
Novas preocupações com o terrorismo no norte
Durante a cerimônia de graduação de 1.027 agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) — entre Oficiais, Comissários, Superintendentes e Inspectores — o ministro Paulo Chachine sublinhou a necessidade de adaptação da força policial à nova realidade criminal no país.
O titular do Interior destacou que o combate ao terrorismo, ao crime organizado e a outras formas de criminalidade complexa exige uma preparação cada vez mais especializada por parte das forças de defesa e segurança.
Terrorismo permanece uma ameaça latente
Desde 2017, Moçambique tem enfrentado ataques terroristas na província de Cabo Delgado, com impactos severos sobre a segurança, a economia e o tecido social da região. Embora as autoridades, com o apoio de forças internacionais, tenham conseguido reduzir a intensidade dos ataques, continuam a surgir episódios esporádicos em diversas regiões, exigindo vigilância contínua.
O caso de Marínguè, ainda sob investigação, levanta a possibilidade de uma diversificação das zonas de atuação dos grupos insurgentes, tornando o combate ao terrorismo um desafio constante para o Governo moçambicano.
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