ONU alerta para crise no norte de Moçambique; 3,1 milhões precisam de ajuda e só 1% dos fundos foi recebido.
A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um novo alerta para o agravamento da crise humanitária no norte de Moçambique, onde milhões de pessoas enfrentam fome, deslocamento forçado e insegurança como consequência de ataques armados e desastres naturais recorrentes.
Milhões precisam de ajuda urgente
Segundo dados atualizados da ONU, mais de 3,1 milhões de moçambicanos necessitarão de assistência humanitária ao longo deste ano. No entanto, até o momento, apenas 1% dos fundos necessários foram efetivamente recebidos, comprometendo a capacidade de resposta das organizações de ajuda.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) também lançou um apelo urgente, solicitando 170 milhões de dólares para garantir a assistência alimentar necessária durante os próximos seis meses, evitando assim uma catástrofe iminente.
Ciclones e violência agravam a situação em Cabo Delgado
A situação humanitária no norte do país é resultado da combinação de múltiplos fatores. Os recentes ciclones, como o ciclone Freddy e outras tempestades tropicais, causaram danos extensivos a infraestruturas, colheitas e meios de subsistência.
Paralelamente, os ataques armados em Cabo Delgado continuam a provocar deslocamentos em massa. Desde o início da insurgência, em 2017, mais de 715 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, fugindo da violência perpetrada por grupos armados extremistas.
Quase 1 milhão em emergência alimentar
De acordo com as projeções das agências humanitárias, quase 1 milhão de pessoas já se encontram em situação de emergência alimentar, enfrentando sérias dificuldades para garantir o mínimo de nutrição diária. Se a ajuda não for ampliada rapidamente, o número de vítimas da fome poderá aumentar de forma dramática.
Apelo internacional para evitar o colapso humanitário
As Nações Unidas e o Governo de Moçambique pedem uma resposta internacional imediata e coordenada. Organizações de ajuda humanitária alertam que, caso os fundos não sejam mobilizados a tempo, milhares de vidas poderão ser perdidas nos próximos meses.
A crise humanitária em Moçambique exige não apenas a assistência emergencial, mas também soluções estruturais para garantir segurança, estabilização e desenvolvimento sustentável na região afetada.
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